Saiba o que é a cultura organizacional e a sua importância

Você conhece a importância da cultura organizacional? Se você vê esse conjunto de hábitos e valores como mero reflexo do pensamento dos fundadores da empresa, sabe que essa impressão não é verdadeira.

A cultura organizacional é fundamental em qualquer ambiente de trabalho e deve estar alinhada com o pensamento de todos os integrantes da empresa, principalmente no setor da gestão de pessoas em startups — e empresas mais tradicionais também.

Essa imersão na rotina organizacional cria um mundo próprio no qual uma cultura é compartilhada e transformada a cada dia.

Pensa-se que além de ter efeitos no bem-estar e sensação de pertencimento dos colaboradores em relação à empresa, a cultura organizacional traz impactos positivos em uma série de processos fundamentais, a exemplo, o recrutamento e seleção de talentos, redução da rotatividade, ou o aumento da produtividade.

Para ajudar você a saber mais sobre a cultura organizacional e os diferentes tipos, preparamos este artigo. Continue lendo!

O que é cultura organizacional?

A cultura organizacional representa todos os valores, hábitos e crenças compartilhados, incentivados e praticados dentro de uma empresa.

Por ser uma identidade de uma organização, é um conceito fundamental da estratégia empresarial, aprendido durante a especialização de gestão de recursos humanos presencial (ou online), na forma como se posiciona perante colaboradores, parceiros e clientes.

O fortalecimento da cultura organizacional é importante para as empresas porque orienta o comportamento e a mentalidade de todos os colaboradores da empresa.

Muitas pessoas associam a cultura de uma organização à maneira como os fundadores pensam e se comportam, mas é importante que essa cultura represente todos na empresa, não apenas os líderes.

Embora isso possa parecer um conceito novo, é muito evidente nas empresas hoje, mas vários teóricos já escreveram sobre a importância da cultura organizacional.

Cultura organizacional: entendendo o que importa

A cultura organizacional é a base de uma empresa porque é uma forma de unir os membros de uma organização.

Esta identificação entre colaboradores, líderes e fundadores, além de ser uma forma de melhorar o bem-estar e a motivação interna, é também uma forma de desenvolver e desenvolver uma imagem de marca.

A falta dessa conexão entre os funcionários e a cultura da empresa gera problemas como má comunicação, baixa produtividade, alta rotatividade e dificuldade de atrair e selecionar talentos.

Portanto, estabelecer políticas organizacionais fortes ajuda a construir drivers de crescimento mais saudáveis, que afetam tanto a qualidade de vida no ambiente corporativo quanto a melhoria da produtividade, reputação e rentabilidade da empresa.

Isso pode ser observado em diversos setores, desde escritórios de advocacia à gestão hospitalar.

Como dissemos, os funcionários passam a maior parte do tempo na empresa, por isso é importante fazê-los sentir-se confortáveis ​​e felizes, na empresa para identificar os valores que eles próprios compartilham em suas vidas pessoais.

Para isso, é importante que o processo seletivo seja também uma forma de avaliar a estrutura cultural, ou seja, determinar se os profissionais se identificam com os valores, políticas e comportamentos que a empresa busca.

Logo, é importante que as pessoas responsáveis pelas entrevistas e gestão dos colaboradores realizem cursos de gestão de pessoas e liderança ead para saberem qual a melhor forma de construir um time de acordo com a cultura da corporação. 

Tipos de Culturas Organizacionais

De acordo com o autor Charles Handy e criador do termo “cultura organizacional”, existem 4 categorias de comportamento corporativo: 

  1. Cultura de poder

Uma cultura de poder é um modelo de cultura organizacional em que a tomada de decisão é centralizada nas mãos dos gestores, em que a imagem do líder representa papéis com forte influência sobre os colaboradores.

Por exemplo, um gestor da área de contabilidade que realizou um curso tecnico de gestão financeira, ele terá sua liderança muito bem estabelecida com os demais colaboradores. 

Uma das principais críticas a esse modelo é que nesse modelo os funcionários não têm tanta autonomia e o foco é principalmente nos resultados obtidos.

Em outras palavras, é um modelo cultural mais hierárquico que não tem muito espaço para crescimento coletivo porque a liderança está concentrada em um grupo seleto.

  1. Cultura da missão

Em uma cultura de missão, a primeira prioridade da empresa é focar na resolução e implementação de projetos.

Este modelo permite uma maior colaboração entre todos os colaboradores porque é uma cultura que estimula a criatividade e a livre tomada de decisão, independente de um líder específico.

Uma vantagem desse tipo de cultura organizacional é os profissionais serem estimulados a assumir um papel de liderança dentro dela.

Por exemplo, um profissional de gestão de marketing e comunicação, consegue ter mais autonomia para gerir as estratégias.

Com isso, a equipe e a própria empresa conseguem alcançar resultados mais satisfatórios, maior produtividade e sucesso.

Por outro lado, uma das críticas a esse modelo é justamente a falta de direcionamento e a necessidade de um processo seletivo de profissionais com excelente autogestão e iniciativa.

  1. Cultura humana

Aqui, o objetivo é valorizar as pessoas. Quando uma empresa opta por uma cultura de pessoas, significa que a empresa prioriza o bem-estar de seus colaboradores e propõe mudanças para criar um bom clima organizacional.

Isso não significa que as empresas não visem resultados, lucros e ótimos relacionamentos com os clientes, mas elas perseguem esses objetivos ao mesmo tempo em que realizam ações estratégicas para valorizar o talento.

Logo, mesmo que uma pessoa que se formou em gestão financeira a distancia não entre para a gestão, ela poderá ter ideias e saber que seu bem-estar será priorizado.

Além de deixar os funcionários mais felizes e motivados, é também uma forma das empresas se posicionarem como um ambiente saudável para os funcionários e uma boa marca empregadora.

  1. Cultura de papel

Nesse tipo de organização, a empresa tem uma definição muito clara do papel que cada pessoa desempenha na empresa.

Por exemplo, uma pessoa formada em uma faculdade gestao financeira a distancia, ao entrar no setor de finanças, seu papel será muito claro.

Assim como a cultura do poder, esse modelo também possui uma hierarquia altamente respeitada.

Uma vantagem dessa cultura é que cada colaborador consegue focar em suas atividades, resolver problemas específicos é muito eficaz, e cada colaborador dedica sua qualificação ao que faz de melhor.

Por outro lado, uma das principais críticas ao modelo é a falta de flexibilidade, pois as localizações e funções são pré-definidas e seguidas com mais rigor.

No lado negativo, isso pode levar a uma falta de dinamismo e perspectivas de crescimento.

Componentes da Cultura Organizacional

Para entender a cultura organizacional, é importante saber que esse tipo de conceito se baseia em três componentes principais: artefatos, valores compartilhados e pressupostos subjacentes. Compreendo:

  1. Artefatos

Os artefatos representam o primeiro nível da cultura organizacional, representando as situações mais específicas e perceptíveis de cada indivíduo, como padrões, produtos, serviços e comportamentos.

Um exemplo simples desse nível é o código de vestimenta da própria empresa. Na primeira vez que visitei a empresa, durante o processo seletivo, já consigo ver como as pessoas se vestem, se o padrão é mais formal ou informal.

  1. Valores compartilhados

A segunda camada da cultura organizacional são os valores compartilhados pelos membros da empresa.

É neste nível que se encontram os critérios para tornar o ambiente de trabalho mais motivador para as pessoas.

Normalmente, os valores da empresa são definidos pelos fundadores, mas com o tempo eles evoluem com base nos integrantes da empresa e no momento da empresa.

  1. Suposições básicas

Os pressupostos fundamentais representam o nível mais íntimo da cultura organizacional porque representam as crenças inconscientes, os sentimentos dominantes, os pressupostos e as percepções que orientam a todos.

Além do que é compartilhado como valores e comportamentos, a cultura também representa como todos tomam decisões e executam tarefas, não apenas no que é dito ou escrito.

Dos três componentes, este é o nível mais complexo porque não precisa ser específico.

Como melhorar sua cultura organizacional

Para melhorar e entender como manter a cultura organizacional, é importante manter algumas ações estratégicas, como a implantação do RH 4.0, que tem como foco o uso de tecnologia e inovação para melhorar o desempenho da empresa sem descuidar do bem-estar.

Veja também algumas formas de melhorar a cultura organizacional melhorando a gestão de pessoas:

  • Manter uma boa comunicação interna;
  • Criar um ambiente confortável para os funcionários fornecerem feedback;
  • Garantir um bom clima organizacional;
  • Incentivar a integração entre as equipes com treinamentos e dinâmicas;
  • Investir no desenvolvimento e treinamento dos funcionários;
  • Propor planos de trabalho e remuneração para crescimento e motivação;
  • Incentive o trabalho em equipe.

Para melhorar o clima organizacional, ferramentas que ajudam a mapear a satisfação dos funcionários com a empresa podem ser utilizadas para melhor entendimento e direcionamento mais estratégico.

Agora que você já sabe o quanto a cultura organizacional é importante para sua empresa, é hora de colocá-la em prática e buscar estratégias para melhorar o clima organizacional e a satisfação dos colaboradores.

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