Mas a suspensão dos leilões de blocos exploratórios por tão longo período, além de afetar o desempenho das grandes companhias e reduzir a produção doméstica de petróleo, prejudicava duramente as empresas de menor porte, chegando a provocar o encerramento das atividades de algumas delas.
Com o risco de insucesso da exploração de algumas áreas, elas precisam de novas, para assegurar a continuidade de suas operações. E novas áreas são obtidas por meio de licitações. Com a suspensão das licitações, só superada há pouco, dirigentes empresariais do setor chegaram a prever a extinção das empresas de pequeno e médio porte em cinco anos.
O reinício dos leilões, com blocos fora da área do pré-sal, muitos deles em terra, cria oportunidades para essas empresas, cujo papel na descentralização dos investimentos e no estímulo ao desenvolvimento regional foi destacado pela diretora-geral da ANP.
É preciso que, doravante, a política do governo para o petróleo seja mais clara, se mantenha a regularidade das licitações e se realizem os leilões anuais para essas empresas. O País só terá a ganhar com isso.
(Fonte: Estadão)