Com nova licitação, empresa de transporte coletivo será remunerada conforme a qualidade do serviço

Avaliação do usuário de ônibus será levada em conta para medir eficiência do novo sistema

A empresa que vencer a nova licitação do transporte coletivo em Florianópolis não será mais remunerada por quilômetros rodados, mas pela qualidade do serviço prestado. De acordo com a prefeitura, a tarifa será reduzida, os ônibus terão ar-condicionado e acessibilidade para portadores de necessidades especiais, o sistema será mais integrado, os lucros irão diminuir. O prazo para finalização do processo é 1º de setembro deste ano.

O usuário terá participação na manutenção do sistema de transporte da cidade. O novo projeto prevê a remuneração através de indicadores de qualidade do serviço: eles irão medir a eficiência. Tais indicadores serão planejados e discutidos entre a comissão que está escrevendo o edital e, depois de estruturados e colocados em prática, serão fator fundamental de feedback dos passageiros para manter o pagamento da empresa. Segundo o secretário de Transportes, Mobilidade e Terminais, Valmir Humberto Piacentini, esse será o novo critério de remuneração para o vencedor da licitação.

— Não sabemos ainda quais e quantos indicadores vamos utilizar, mas a cobrança não será mais por quilômetros rodados. Vamos cobrar pela eficiência do sistema — disse Piacentini.

O secretário explicou que não há uma meta de redução de tarifa, mas que a prefeitura está ciente que é possível uma redução do atual valor. A princípio, uma só empresa deverá ser responsável pelo serviço na Capital, e a própria irá investir em conforto ao usurário: ar-condicionado em todos os veículos, por exemplo. A companhia também deverá aceitar a redução dos lucros para 6% do valor arrecadado. Tudo isso, segundo a prefeitura, estará previsto no edital de licitação e, caso não seja respeitado na íntegra, a empresa pode perder o direito.

A comissão que idealiza o projeto é composta por sete pessoas, entre secretários e o prefeito Cesar Souza Junior. Além da mudança da empresa, eles discutem a melhor integração entre as linhas, uma estrutura em que o usuário não tenha a necessidade de ir até os terminais obrigatoriamente. Um outro edital já estava em pauta desde 2009 — quando venceu a última licitação — e foi analisado para ser uma das bases, mas a comissão diz estar “começando do zero”.

— Estamos nos baseando em editais de Goiás, Sorocaba, no das últimas gestões. Anota: vai ser o melhor projeto do país — prometeu o secretário de transportes.

Por: Carolina Dantas
(Fonte: Diario Catarinense)

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