Em 2013, a Fundação Teatro Municipal terá orçamento total de R$ 65 milhões, dos quais R$ 12 milhões, ou 18%, serão gastos com a programação do Teatro. O restante do valor, cerca de R$ 53 milhões, está reservado para pagamento de salários e para a manutenção do Municipal.
Entre o alto escalão já foi divulgado o salário do maestro John Neschling, que vai atuar como diretor artístico da instituição. Pelo período de 19 de fevereiro a 31 de março, ele receberá R$ 156 mil. Seu antecessor, Abel Rocha, recebia R$ 28 mil por mês. Neschling é o primeiro diretor artístico contratado pela fundação, desde que foi criada. No caso de Abel Rocha, a contratada era uma empresa, a Música Dramática Produções Artísticas, que o empresariava.
Até o começo do ano passado, o teatro era um departamento da Secretaria Municipal de Cultura. Em maio, foi aprovada uma lei que o transformava em uma fundação de direito público, projeto do antigo secretário Carlos Augusto Calil. Entretanto, como não havia uma entidade de organização civil que colaborasse na gestão da fundação, o projeto ficou parado. Em entrevista recente, o diretor-geral José Luiz Herencia afirmou que a mudança estrutural daria ao teatro uma cara institucional.
Quando saiu da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Neschling recebia aproximadamente R$ 100 mil. O salário de um músico da Sinfônica Municipal pode chegar, após reajuste no fim do ano passado, a R$ 9.200. A variação se dá por conta da função na orquestra e também pelo tipo de contrato.
Praça das Artes. Segundo Herencia, até a próxima segunda-feira estará pronto o primeiro módulo da Praça das Artes, que abrigará as escolas municipais de música e bailado e a equipe administrativa do teatro. “Foram resolvidos problemas como inundações e o conserto dos elevadores. Sem isso, não poderíamos receber no dia 1.º os 1.200 alunos que começam suas aulas”, diz. O diretor-geral da fundação disse também que ainda no primeiro semestre deverá ser realizada a licitação para a conclusão do módulo 2, que terá salas de ensaios dos corpos estáveis – a obra, espera-se, ficará pronta até o fim deste ano. “Já o terceiro módulo, que tem prevista inclusive a construção de uma nova sala de concertos, deverá ser licitado entre o fim de 2013 e o início de 2014. Nosso objetivo é tê-lo pronto até o fim do ano que vem”, explicou. / COLABOROU JOÃO LUIZ SAMPAIO
Por: JULIANA DEODORO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)