A Prefeitura de Belo Horizonte adiou a licitação para o serviço de segurança das estações do sistema de transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês). O pregão foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) no dia 9 e previa a contratação de uma empresa especializada de segurança eletrônica, com monitoramento durante 24 horas por dia. No pacote, estavam previstos sistemas de alarme, incluindo instalação, manutenção e fiscalização diária, além de viaturas e motos para rondas. Especialistas temem que o Move, como foi batizado o BRT da capital, comece a operar sem segurança presencial ou eletrônica.
Um dos objetivos do serviço é preservar o sistema da ação de vândalos, já que nos protestos de junho, durante a Copa das Confederações, manifestantes atearam fogo em uma estação em obras na Avenida Antônio Carlos, na Pampulha. Houve também prisão de um suspeito de roubar tijolos na Avenida Santos Dumont, no Centro. Com a vigilância pretende-se também garantir tranquilidade a usuários do Move. O contrato, segundo a BHTrans, terá vigência até a entrega do sistema aos consórcios responsáveis pela operação, que vão posteriormente assumir a fiscalização.
A notícia do adiamento, no entanto, preocupa especialistas. Coordenador do Núcleo de Logística da Fundação Dom Cabral, o professor Paulo Resende, teme que não haja tempo hábil entre a assinatura do contrato e a instalação dos equipamentos, o que pode comprometer a inauguração do sistema. Estamos a pouco mais de dois meses da início da operação do BRT, em fevereiro, e adiamentos e atrasos podem ser perigosos. É preciso correr para resolver essas pendências, porque não é possível instalar um sistema dessa natureza sem segurança. Os passageiros podem ficar expostos a muitos riscos e também o patrimônio%u201D, acrescenta.
A BHTrans esclarece que a situação é provisória não afetará a data prevista para início da operação do BRT. Em nota, a empresa informa que os termos do edital foram questionados pelos interessados na concorrência, que por isso teve de ser adiada. A empresa afirmou que, tão logo os questionamentos forem respondidos, um novo edital será publicado para nova abertura do processo. Pelo termo de referência da licitação, a empresa vencedora da concorrência terá 10 dias, a contar da assinatura do contrato, para implantar e ativar os equipamentos de segurança. Deverá também informar, em tempo hábil, qualquer motivo que impeça ou impossibilite a execução do contrato.
Por: Valquiria Lopes
(Fonte: Em.com.br)