Os contratos de dez anos com as empresas e cooperativas de ônibus da capital paulista começam a vencer nesta semana. Eles serão renovados por até um ano, para que o serviço continue funcionando normalmente. O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirmou nesta quarta-feira, 17, que já mandou comunicados às empresas e cooperativas solicitando que procurem a Prefeitura para assinarem o aditamento dos contratos.
A perspectiva é que os documentos comecem a ser assinados nos próximos dias. Os custos de operação do sistema de transporte público é de R$ 6 bilhões ao ano. Deste total, a Prefeitura deve pagar neste ano R$ 1,425 bilhão, o maior subsídio da história da cidade para o setor.
Tatto afirmou que os contratos valerão por até um ano. Quando a nova licitação do serviço de ônibus, cancelada em junho pelo prefeito Fernando Haddad (PT), voltar a vigorar, os atuais contratos, assinados em 2003, serão imediatamente findados, passando a vigorar os novos.
A declaração foi feita durante reunião do Conselho da Cidade de São Paulo, na sede da Prefeitura, no centro. Na ocasião, está previsto o lançamento do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes, à qual será submetida a discussão sobre a nova licitação.
O conselho terá 39 membros (13 da sociedade civil, 13 vindos do setor de transportes e 13 da própria Prefeitura). “Não vai se chegar a um consenso sobre o melhor formato”, disse Haddad, acrescentando que o conselho poderá “opinar” e “sugerir reformulação” da estrutura do conselho.
O prefeito falou ainda que a questão do preço da tarifa de ônibus “é uma preocupação nacional, porque as prefeituras se encontrarão, mais dia menos dia, insolventes”. “Temos um longo caminho pela frente sobre o transporte público”, afirmou o petista.
A primeira reunião do conselho de transportes deve ser na quarta-feira que vem, dia 24.
Por: CAIO DO VALLE – Agência Estado
(Fonte: Estadão)