A Prefeitura de São Paulo abriu licitação para escolher as empresas que vão prestar serviço de ônibus na capital pelos próximos 15 anos. A partir de agora, a administração pública vai levar em conta o quanto as empresas gastam para manter os ônibus na rua e ainda quer instalar aparelhos de GPS nas catracas para controlar a frota. O valor do contrato é de R$ 46 bilhões.
O contrato com as empresas de ônibus vence no mês que vem. A concessão prevê uma mudança na forma como a administração pública remunera as empresas e as cooperativas.
“A rede Nossa São Paulo vai propor no conselho da cidade que sejam divulgadas todas as planilhas do custo do transporte. Planilhas dos subsídios que a Prefeitura paga, as planilhas das empresas concessionárias, não só dos custos, mas também dos lucros das empresas”, diz o coordenador executivo do Nossa São Paulo, Maurício Broizini.
Atualmente, as empresas recebem por passageiros transportados. Nos últimos dez anos, o número de passageiros mais que dobrou, mas a frota de ônibus continua praticamente a mesma, ou seja, a arrecadação aumentou e mesmo assim, as passagens subiram. Isso significa que a arrecadação das empresas aumentou nesse período e, mesmo considerando os gastos com a manutenção dos veículos, funcionários, combustível, não se sabe quanto da arrecadação das empresas é lucro e quanto é custo.
“Tudo isso é informação para o usuário e a satisfação do usuário será um elemento importante na composição da remuneração dos operadores”, afirma o secretário de Transportes, Jilmar Tatto.
(Fonte: G1)