A licitação para a concessão de transporte público de Natal deverá sair apenas no final do ano. A previsão é da secretária Elequicina dos Santos, titular da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). De acordo com ela, o projeto da rede de transporte que já estava pronto e previa 84 vagas para o transporte alternativo não será mais usado pela Prefeitura. Uma licitação para contratação de empresa que fará um novo estudo, além da consultoria de viabilidade econômica, está sendo preparada.
Segundo a Semob, o projeto para a rede de transporte precisará ser refeito porque o prefeito Carlos Eduardo Alves acatou uma sugestão do Sindicato dos Permissionários de Transporte Opcional de Passageiros do Rio Grande do Norte (Sitoparn). “Antes o projeto previa 84 vagas de alternativos, os chamados complementares, que existem atualmente. Porém o prefeito quer que o projeto tenha 177 vagas, como funcionava antes”, explica. “Com esse aumento, muita coisa muda. É preciso estudar toda a viabilidade”, argumenta.
O diretor de comunicação do Sintoparn, Pedro Santos, afirma que o sindicato vê a decisão de forma positiva, visto que, atualmente, existem 177 permissões. No entanto, apenas cerca de 80 carros estão operando. “O prefeito tinha recebido o projeto da gestão anterior, que reduziu o número, e ia colocar em prática. Mas todas essas permissões existem. Nem todas estão operando por falta de condições do sistema”, afirmou ele.
A secretária calcula que o novo estudo e consultoria durem pelo menos seis meses para a conclusão. Ainda não há, porém, um valor estimado para esse contrato. “A licitação do transporte é coisa apenas para o fim do ano”, pontua Elequicina dos Santos. A prefeitura só poderá licitar o transporte público da capital potiguar após a conclusão do estudo.
Tanto as empresas de ônibus, que atuam por concessão, como os permissionários do transporte alternativo que atuam hoje em Natal, terão que participar da licitação. Segundo a Semob, eles não terão qualquer benefício sobre os demais concorrentes. “Pode vir gente de qualquer lugar para a concorrência. Os que estão hoje não terão nenhum benefício. Para vencer, dependerá se estarão cumprindo as normas”, avisa Elequicina.
O Sintoparn acredita que, até a licitação, os alternativos já estarão em condições de participar da disputa. Para o diretor de Comunicação, Pedro Santos, isso depende da unificação da bilhetagem eletrônica. “Acredito que logo que esteja em vigor, muitos que não estão operando vão voltar, inclusive com carros novos. Não queremos benefícios na concorrência”, coloca.
(Fonte: Tribuna do Norte)