O secretário extraordinário de Estado de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transporte, Francisco Vuolo (PP) informou que os trabalhos para levar os trilhos da ferrovia até Cuiabá, já estão a “todo vapor” e até 2014 deverá ser escolhido, através de processo licitatório, a empresa que vai construir os 220 km de trilhos, de Rondonópolis até a capital.
“Já conseguimos a contratação de um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, que deverá ficar pronto no início do ano que vem. Já solicitamos também, o projeto básico do trecho de Rondonópolis até Cuiabá e logo após isso, em 2014 mesmo, vamos iniciar o processo de licitação e contratação da empresa que vai concessionar e construir a ferrovia até a capital”, ressaltou.
Vuolo explicou também sobre o destino dos terminais de Alto Taquari (479 km ao sul da capital) e Alto Araguaia (415 km ao sul da capital), que sofreram mudanças com a chegada do maior terminal ferroviário da América Latina, instalado em Rondonópolis (212 km ao sul da capital).
“Esses dois terminais estão partindo para uma nova destinação. Houve uma redução de cerca de 60% da movimentação de carga de transbordo. Mas para o ano que vem, a previsão é de mais de 2 milhões de movimentação, só em Araguaia. Para Taquari a previsão é para uma movimentação maior voltada ao combustível. O que não pode acontecer é a desativação do terminal de uma hora para outra, isso prejudica todo o planejamento dos dois municípios”, salientou.
Desde a sua inauguração, em setembro deste ano, o terminal de Rondonópolis opera apenas com o milho. Segundo o gerente de operações, da America Latina Logística, empresa que opera o terminal, Ivandro Paim, a partir de janeiro de 2014, o terminal começará a operar com o grão e farelo de soja. “Por questão de condição de mercado, como estamos na fase final do escoamento da safra, só estamos operando com milho. A expectativa de operar com a soja é a partir da segunda quinzena de janeiro do ano que vem”, ressaltou.
Desde setembro, cerca de 3 milhões de toneladas de milho passaram pelo complexo. A expectativa é chegar a 10 milhões de toneladas de grãos, em 2014. Segundo o coordenador de Núcleo de Estudos Logístico e Transporte da UFMT, Luiz Miguel Miranda, além de ter condições de receber toda a soja, o terminal deverá receber ainda derivados de petróleo, como a gasolina, óleo diesel e querosene. “Além disso, deverá passar por aqui cargas industrializadas também, mas isso levará pelo menos três anos”, destacou.
(Fonte: O Documento)