RHS Licitações

Licitação da 1ª etapa do Cinturão das Águas será próximo dia 28

 

Há três anos que o Governo do Estado prepara o projeto do Cinturão das Águas. Na primeira etapa, a água chegará ao Açude Orós por meio do Rio Cariús que deságua no Rio Jaguaribe. De lá, partirá para o Canal do Trabalhador e depois para o Eixão das Águas a partir do Açude Castanhão. Entretanto, a obra física de interligação entre o CAC e o Eixão das Águas somente ocorrerá em longo prazo, estimado em 30 anos.

 

Infraestrutura

 

Hipérides Macedo, ex-secretário de Recursos Hídricos do Estado e um dos autores da Política de Recursos Hídricos do Estado, implantada no fim dos anos de 1980, já se manifestou em diversas oportunidades acerca das obras de transferência de águas no Ceará. Segundo ele, o Ceará, nos últimos 20 anos, realizou obras de infraestrutura que permitiram o armazenamento e transferência de água entre as bacias hidrográficas. O primeiro grande passo foi a construção de barragens. Foram feitos 50 açudes de porte médio e mais o Castanhão, que permitiram a distribuição do recurso pelo território. Em seguida, houve a implantação de adutoras que fazem a transferência da água da fonte para os locais de consumo.

 

Soma-se a esses dois sistemas, o projeto de interligação de Bacias, que só é possível graças às obras básicas – açudes e adutoras. O Canal da Integração (Eixão das Águas) e o Cinturão das Águas complementam esse projeto que é fundamental para a segurança hídrica e desenvolvimento do Estado. “O Ceará já convive com a seca em melhor situação que outros Estados vizinhos e, com esse conjunto de obras de infraestrutura hídrica, no futuro, vai enfrentar os períodos de estiagem sem desabastecimento”, avaliou ele.

 

Para a primeira etapa do Cinturão, orçada em R$ 1,6 bilhão, o Governo do Estado obteve recursos de R$ 1,1 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por meio do Ministério da Integração Nacional, e o restante, R$ 500 mil, de recursos próprios. Inicialmente, havia uma previsão de um custo total de R$ 6,8 bilhões para a construção do CAC, mas esse orçamento deve aumentar com o decorrer dos anos e das obras.

 

O Cinturão das Águas é um dos projetos que vão receber parte dos R$ 206,5 milhões do crédito suplementar destinado a órgãos e obras no Ceará. O orçamento complementar liberado para o projeto de transposição foi de cerca de R$ 2 milhões.

 

A obra foi dividida em cinco lotes. O primeiro vai interligar o município de Jati à Missão Velha, num trecho de 40km. O segundo levará água por meio de um canal para o município de Nova Olinda até o Rio Cariús. O último é de construção de canais e túneis entre as bacias.

 

O projeto prevê interligar 12 bacias hidrográficas, numa extensão total de 545km, a partir da transposição das águas do Rio São Francisco, no município de Jati, no extremo Sul do Ceará. A conclusão da obra está prevista para 2040.

 

Em decorrência de constantes períodos de estiagem que o Ceará enfrenta, a exemplo da seca de 2012, considerada uma das maiores dos últimos 40 anos, a construção do CAC torna-se fundamental, pois a obra é apontada pelos técnicos do governo como a solução para o abastecimento das cidades e viabilização de projetos econômicos, industriais e também agropecuários.

 

 

(Fonte: Diario do Nordeste)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

XAo utilizar este site, você concorda com o tratamento dos seus dados pessoais de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Entendemos e respeitamos a sua privacidade e estamos comprometidos em proteger as informações pessoais que você fornece. Utilizamos cookies para analisar e personalizar conteúdos e anúncios em nossa plataforma e em serviços de terceiros. Ao navegar no site, você nos autoriza a coletar e usar essas informações.