18 de Dezembro de 2018
A Câmara de Santo André oficializou a retomada de licitação que tem como objetivo contratar sistema de catracas eletrônicas para controle de acesso às dependências do Legislativo, antiga discussão entre os vereadores. Inicialmente lançado no fim de junho, o certame foi interrompido, e ficou parado por pouco mais de cinco meses. Os equipamentos servirão, basicamente, para monitorar a entrada e saída de visitantes ao local. Levantamento interno mantém estimativa de cerca de R$ 967 mil em despesas com a execução do processo de implantação do modelo.
A licitação, de número 10/2018, continua registrada na modalidade de pregão presencial do tipo menor preço global. Com o resgate da proposta similar à original, a sessão de abertura dos envelopes ficou marcada para ocorrer na quinta-feira, ainda na gestão de Almir Cicote (Avante) à frente da mesa diretora – o projeto é também endossado pelo vereador Pedrinho Botaro (PSDB), presidente eleito para o biênio 2019-2020. O item visa fornecimento e instalação de software de identificação de visitantes no andar térreo do prédio, “com suporte técnico, para segurança física e patrimonial” do espaço.
Cicote sustentou que a suspensão se deu por conta de adequação do balcão que vai atender os visitantes. Segundo ele, a pendência girou em torno de questões meramente técnicas para receber o sistema de controle de acesso. “Houve esse problema, justamente o (item) que foi consertado. Foi identificado em apontamento interno, refeito e soltamos o edital novamente”, alegou, frisando que “é natureza de qualquer órgão público, empresa ou estabelecimento ter controle, até por questões de segurança”. “Controle inibe várias situações, a exemplo de depredações, de preservar o patrimônio, além de (resguardar) aqueles que visitam a Câmara, gabinetes e evitar furtos, como já ocorreram.”
O caso da instalação volta à tona justamente após o episódio sobre a confusão que se formou na Câmara em meio ao cumprimento do mandado de busca e apreensão da PF (Polícia Federal) no gabinete da vereadora Elian Santana (SD), no dia 26 de novembro – data da prisão da parlamentar no âmbito da Operação Barbour, sob suspeita de envolvimento em esquema fraudulento no sistema do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Na oportunidade, com a chegada dos policiais no prédio do Legislativo, curiosos adentraram o local para acompanhar os trabalhos do grupo.
O presidente da Câmara defendeu ainda que “não necessariamente o valor do orçamento é a quantia que será despendida” no desfecho do processo. “Em 99% dos casos não se gasta aquilo que foi estimado inicialmente.”