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Israel abre licitação para construção de 700 imóveis em território ocupado

Israel abriu nesta terça-feira licitação pública para a construção de 708 casas em Gilo, bairro judaico construído sobre território ocupado em 1967 ao sul de Jerusalém, horas depois do secretário de Estado americano, John Kerry, chegar na região para tentar salvar o processo de paz com os palestinos.

 

Segundo disse à Agência Efe a porta-voz da Administração de Terras de Israel, Ortal Tzabar, esta é a segunda vez que o leilão para a construção de casas no assentamento é aberto, após uma licitação similar realizada há um mês não ter dado resultado.

 

O anúncio ocorre no momento em que os Estados Unidos tentam resgatar o enfraquecido processo de paz entre israelenses e palestinos, e poucas horas depois de Kerry deixar Israel rumo a Bruxelas após negociar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

 

O chefe da diplomacia americana deve retornar amanhã para a região, após assistir a reunião da Otan em Bruxelas, para verificar os resultados das conversas e estender a negociação além do prazo previsto para sua conclusão (29 de abril).

 

Entre as condições exigidas pelos palestinos e negociadas por Kerry está o congelamento de qualquer tipo de construção nas colônias e o fim dos leilões enquanto durar os diálogos de paz.

 

A porta-voz do gabinete israelense argumentou que o anúncio não tem relação com o processo político e que se trata de um procedimento burocrático.

 

Em agosto de 2013, o Ministério do Interior aprovou a construção de 890 novas casas em Gilo, às vésperas da primeira libertação de presos palestinos como parte do acordo que favoreceu o reatamento das negociações de paz patrocinadas pela Casa Branca.

 

No mês passado, a prefeitura de Jerusalém deu o último sinal verde prévio à construção de outras 184 unidades nos assentamentos judaicos de Har Homah, Pisgaat Zeev e Ramot, todos na fronteira com Jerusalém.

 

De acordo com dados divulgados recentemente pelo Escritório Central de Estatísticas israelense, o número de imóveis que começaram a ser construídos em território ocupado da Cisjordânia aumentou 123% no ano passado.

 

A liderança palestina expressou em repetidas ocasiões sua oposição à construção nos assentamentos, que reduziria a viabilidade territorial de seu futuro Estado, e exige de Israel sua completa paralisação para prosseguir com o diálogo. EFE

 

 

(Fonte: Yahoo)

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