A novidade nas negociações é a possibilidade de antecipar para hoje a oferta de gás da União dos campos licitados nos contratos de partilha. Com isso, as indústrias poderiam ter acesso imediato a um insumo mais barato, em vez de esperar seis ou sete anos pelo desenvolvimento das campanhas exploratórias. No futuro, essa venda será efetivada pela Petro-Sal.
Outra possibilidade em discussão é o swap regional de gás, cujo objetivo é eliminar possíveis descasamentos entre o local de produção do gás natural e o destino onde seria utilizado. “Digamos que, por exemplo, a Vale tenha produção (de gás) numa região do Brasil, mas não tenha intenção de desenvolver aquela área. A empresa então colocaria o gás na rede e a Petrobras forneceria o insumo em outra região”, disse uma fonte que pediu para não ser identificada.
A empresa produtora pagaria uma quantia em troca do “uso” da rede de gasodutos da Petrobras – a estatal é proprietária de quase toda a rede de gasodutos do País. O swap de novas ofertas de gás natural tem sido discutido entre a Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) e a ANP. “Esse também é um instrumento que permitiria aos fornecedores mais distantes da malha entregar esse gás até São Paulo”, argumentou a diretora-presidente da Arsesp, Silvia Calou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por: WELLINGTON BAHNEMANN E ANDRÉ MAGNABOSCO
(Fonte: Estadão)