A inclusão da obra no PAC foi anunciada no momento em que o Departamento de Planejamento e Projetos (DPP), órgão vinculado ao Ministério dos Transportes, havia apontado uma série de erros no projeto apresentado pela Prefeitura de Rio Preto ao Dnit em Brasília. Com o RDC, o governo pode fazer a licitação e a empresa que vencer é obrigada a fazer o projeto executivo da obra.
Disputa política
Deputados federais da região – Edinho Araújo (PMDB), João Dado (PDT), Eleuses Paiva (PSD) e Vaz de Lima (PSDB) – e o prefeito de Rio Preto, Valdomiro Lopes (PSB), disputam os dividendos políticos pela conquista da obra. O superintendente do Dnit de São Paulo, Ricardo Madalena e o deputado federal Milton Monti também reivindicam uma fatia do bolo junto à população, já que além de Monti, Madalena também será candidato a deputado.
Nos últimos dois anos, o grupo de parlamentares anunciou a liberação de emendas ao orçamento da União – a última no valor de R$ 50 milhões via bancada paulista – para a abertura da licitação. Pelas falhas apontadas no projeto da Prefeitura, no entanto, o Dnit não conseguiu abrir licitação e aplicar a verba.
Já o prefeito de Rio Preto, Valdomiro Lopes (PSB), adotou o discurso de que confiava na palavra de Dilma de que a obra seria realizada. Em evento que marcou o aniversário, o prefeito disse que o obra só seria feita se fosse incluída no PAC, o que ocorreu de acordo com Monti. A duplicação da BR-153 se arrasta desde 2006, quando o projeto foi apresentado ao governo federal. A obra chegou a ser licitada no governo Edinho, mas a concessão da rodovia teria emperrado a liberação de recursos.
(Fonte: Diario Web)