O aquecimento da economia, com as obras para a Copa do Mundo da Fifa 2014, deve aumentar a participação de micro e pequenas empresas (MPE) nas aquisições por órgãos públicos. A avaliação é de Rafael Castro, analista do Sebrae Nacional que acompanha, em Curitiba, a realização do Fomenta – Encontro de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Compras Governamentais, realizado nesta quarta-feira (17) e quinta-feira (18).
Nesta edição, os debates giram em torno do impacto do campeonato de futebol nas compras públicas municipais, estaduais e federais. Participam do evento, empresas atendidas pelo Sebrae 2014, projeto que prepara os empreendedores para as oportunidades geradas pela realização da Copa do Mundo no Brasil.
“Eu acredito que a participação das MPE nas compras governamentais deverá aumentar com a realização da Copa, que está fomentando tanto o setor privado quanto o público. O governo demandará, por exemplo, iniciativas em torno da mobilidade urbana”, afirmou Rafael Castro.
Segundo dados do Portal de Compras do Governo Federal (Comprasnet), o segmento teve, nos seis primeiros meses de 2012, uma participação de 36% no fornecimento de bens e serviços para o governo federal. Do total das compras públicas, cerca de R$ 4,3 bilhões foram realizadas de empresas de pequeno porte.
Weniston Abreu, analista do Sebrae Nacional que coordena a realização de edições do Fomenta em todo o país, também acredita no aumento do fornecimento de bens e serviços nas compras governamentais, com a realização da Copa do Mundo. No evento, em Curitiba, ele ressaltou que, para potencializar a participação dos pequenos negócios nas compras públicas, é preciso quebrar alguns paradigmas.
“O primeiro é que o governo é mau pagador. Não é”, observou Abreu. Ainda na avaliação dele, informação é peça-chave para que os empresários tenham condições de avaliar as compras governamentais como um potencial mercado. “O empresário precisa conhecer as oportunidades, bem como se preparar para atender o governo. O Fomenta é um estopim para contribuir no aumento da participação das micro e pequenas empresas nas compras públicas”, ressaltou.