21 de Março de 2018
Três pessoas e duas empresas em Belo Horizonte são alvos de mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (21) na Operação Amphíbia. A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) investigam uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações e desviar recursos federais e estaduais na prestação de serviços para a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
O G1 entrou em contato com a secretaria, que ainda não se posicionou. Nesta manhã, buscas foram feitas na empresa SP Promocionais, na Região Oeste da cidade. A proprietária informou que foi surpreendida pelos policias e que entregou documentos e notas fiscais. A reportagem não conseguiu contato com a Varkus Eventos, também citada pela investigação. Os nomes das pessoas não foram revelados.
A ação conta com a participação de 18 policiais federais e cinco auditores. Os valores pagos à empresa envolvida, somente pelo estado de Minas Gerais, chegam a R$ 68,58 milhões nos últimos dez anos, segundo a GCU. O prejuízo total aos cofres públicos ainda não foi calculado.
A polícia informou que os serviços prestados foram nas áreas de propaganda, promoção, merchandising e eventos, referentes ao combate à dengue e à gripe. A investigação teve início após a controladoria auditar um contrato celebrado entre a secretaria e a empresa com vigência entre 13/06/2012 e 12/06/2016.
A PF informou que a quadrilha é suspeita de manipular e direcionar as normas do edital de licitação das empresas prestadoras de serviços de publicidade para aumentar os lucros e reduzir encargos, beneficiando a organização que participava do esquema. Há suspeita de envolvimento de servidores que possuíam vínculos direto ou indireto com a empresa contratada.
Conforme a investigação, o nome da Operação Amphíbia se justifica por este revezamento nos vínculos empregatícios.
Fonte: G1