Projetos da Prefeitura contemplam obras de infraestrutura na periferia.
Secretário admite demora, mas afirma que trabalhos estão dentro do prazo.
Um ano após o anúncio do repasse de R$ 247 milhões em verba do governo federal para obras de pavimentação, Campinas (SP) ainda não abriu nenhuma licitação para o início das obras. Os projetos apresentados pela Prefeitura para instalação de asfalto, galerias de água pluviais e sarjetas, entre outros, abrangem áreas da periferia da cidade, como a do Parque Oziel e Jardim Satélite Iris. O financiamento foi obtido por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Uma verba liberada de R$ 79,9 milhões para serviços de saneamento na cidade também depende de abertura de processo licitatório.
O secretário municipal de Administração, Silvio Bernardin, admite a demora, mas defende que o prazo é comum neste tipo de obras. “A gente nunca pode dizer que esse prazo é normal para quem sofre pela falta do serviço, mas está dentro do esperado”, afirma. O Ministério das Cidades garante também que os trabalhos estão no prazo. A proposta dos serviços e áreas que seriam contempladas foi apresentada pela Prefeitura à Secretaria Nacional do Tesouro em maio do ano passado. A autorização da liberação da verba foi dada em dezembro. Desde então, a administração trabalha para apresentar os projetos de execução.
A Prefeitura prevê que a assinatura do contrato de repasse ocorra em Campinas até a segunda quinzena do mês de março e que todos os projetos sejam colocados em prática até o fim do ano. “Os valores são estimados, tudo depende do que será oferecido pelas empresas concorrentes na licitação”. Os projetos também foram apresentados à Caixa Econômica Federal e podem sofrer alterações. Em contrapartida, a administração municipal terá que investir R$ 15 milhões somente para as obras de pavimentação. A partir do início das obras, a administração precisa concluí-las em 18 meses.
Uma licitação por bairro
O objetivo é abrir uma licitação por bairro. A ordem de início das obras vai depender da necessidade de cada região e da liberação da verba. O “pacote” que engloba a Vila Esperança, São Marcos e Recanto da Fortuna (região norte) deve ser o primeiro a receber a intervenção, segundo o secretário de Administração, porque está com o projeto mais adiantado. As obras estão orçadas em R$ 22,8 milhões. O contrato mais caro é o da região dos jardins Satélite Iris 1 e 3 (região noroeste), com custo previsto de R$ 106,1 milhões. Silvio Bernardin explica que a discrepância de valor em relação às outras regiões se dá pela área que será modificada e população maior.
Para os serviços no grupo que abrange a Gleba B, Parque Oziel, Monte Cristo, Jardim Noemia e Jardim do Lago (região sul), serão investidos R$ 59,1 milhões. No contrato que prevê as intervenções de pavimenação na região do Parque Eldorado dos Carajás, Jardim Rosalina, Jardim Nossa Senhora Aparecida e Jardim Santo Antônio (região sudoeste), o custo estimado é de R$ 48,1 milhões e do Jardim Marisa e Jardim Fernanda (região sul), de R$ 25,8 milhões.
Saneamento
O governo federal também liberou repasse de R$ 79,9 milhões para serviços de saneamento na cidade, mas os projetos dependem ainda de abertura de processo licitatório. A Prefeitura contemplará a área do Jardim Santa Lúcia para obras de saneamento integrado.
(Fonte: G1)