A licitação das obras de duplicação do lote 4 da BR-392 (do km zero da rodovia à avenida Maximiano da Fonseca), que compreende oito quilômetros, deve ser lançada no segundo semestre deste ano. A informação foi dada ontem pelo engenheiro Vladimir Casa, da Unidade de Pelotas do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), ao participar de uma reunião com a diretoria da Câmara de Comércio, acompanhado do engenheiro Maximiliano da Fonseca, da Enecon, empresa contratada para fazer o projeto. Na ocasião, foi apresentado o projeto básico das obras neste lote, que prevê a construção de viadutos nos quilômetros 3,7 (próximo ao terminal da Transpetro), 6 (próximo ao ERG 1) e no entroncamento da Termasa/Tergrasa.
Casa falou que há dois meses foi estipulado que o Dnit tinha até o final de agosto para lançar a licitação do lote 4, mas para isso se faz necessário, entre outras questões, ter o licenciamento ambiental prévio da obra. Atualmente, segundo ele, há uma equipe em Brasília tratando do processo de licitação e outra trabalhando para conseguir o licenciamento, mas as equipes são pequenas. Além disso, os servidores do Departamento entraram em greve. Por isso, acredita que a licitação será lançada no segundo semestre, podendo abranger toda a obra ou parte do lote. Isso porque o aterramento da área de dejetos no bairro Santa Teresa, visando a construção da nova pista, poderá ser contestado pelo Ibama.
O processo licitatório não deverá se estender por mais de dois meses, pois deverá ocorrer pelo Regime Diferenciado de Contratações (RDC), nova modalidade de licitações criada pelo Governo Federal para as obras da Copa do Mundo, que torna esse processo muito mais ágil. Essa modalidade foi estendida às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Como o próprio Casa disse que deve demorar entre quatro e cinco anos para ser concluída a duplicação do trecho, o presidente da Câmara de Comércio, Renan Lopes, afirmou que continuará mantendo contatos para que a obra seja agilizada. Ao mesmo tempo, promoverá em breve reunião com a Ecosul, Polícia Rodoviária Federal e Prefeitura para ver o que é possível fazer, enquanto a duplicação do lote não ocorre, para melhorar o trânsito de veículos no trecho.
“A duplicação do lote 4 é uma preocupação permanente da Câmara de Comércio. Tanto que a previsão é de a obra durar quatro anos e veremos o que será possível fazer para antecipar ao máximo possível esse prazo e minimizar alguns problemas, como o acesso às empresas da área portuária e Distrito Industrial”, ressaltou Renan Lopes. Ficou acertado novo encontro de Vladimir Casa com a Câmara de Comércio, em breve, no qual o engenheiro apresentará mais detalhes sobre o projeto de duplicação do lote 4 da BR-392.
Por: Carmem Ziebell/Assessoria
(Fonte: Jornal AGora)