06 de Março de 2018
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu a licitação que trata de contratar, em caráter definitivo, uma nova nova empresa responsável pelo transporte público em São Carlos. A decisão foi tomada na segunda-feira (5) a partir da representação do advogado Randal Pereira de Souza e foi ratificada pelo TCE.
Com a decisão, fica suspensa também a divulgação das empresas concorrentes que estava marcada para acontecer ainda esta semana, na quarta-feira (7), ocasião onde seriam abertos os envelopes contendo as propostas das concorrentes. O processo foi suspenso por incoerências, falta de objetividade e falta de planejamento para o futuro. Agora, a prefeitura tem 48h para readequar o processo.
Chegada de novos ônibus
Juntamente com essa notícia, na manhã desta terça-feira (6), São Carlos recebeu dezenas de novos ônibus da empresa Suzantur, adesivados com o logo da Prefeitura Municipal. Segundo informações obtidas no local, a empresa reenviou os ônibus que tinha retirado da garagem antes da intervenção municipal, além de somar outros veículos novos a esse número.
A chegada dos veículos fortalece os rumores de que a empresa está em vias de reassumir a sua própria administração, hoje entregue ao Município por meio de decreto municipal. Novamente sob seu próprio controle, a frota municipal deverá aumentar e ser substituída em seus veículos mais precários.
Intervenção
O Diário Oficial publicado no dia 23 de janeiro de 2018, trouxe o Decreto Nº 8, no qual o município, reconhecendo a situação de estado de emergência, caminhando para estado de calamidade pública na prestação dos serviços de transporte coletivo urbano, interveio no serviço, assumindo a operação e consequentemente a empresa com todo o seu ativo, veículos, equipamentos, para fins de dar continuidade ao serviço, o qual tinha sua data de paralisação anunciada como definitiva para 26 de janeiro de 2018, interpretada como ameaça pela prefeitura.
Desde então a cidade não deixou nem um dia sequer de enfrentar problemas relacionados ao transporte público. Ao todo, uma greve e duas paralisações deixaram milhares de pessoas desamparadas, forçando alguns a caminharem por mais de 5 horas para voltarem até suas casas.
Além disso, a população do Cidade Aracy paralisou o transporte no bairro como forma de protesto e vários episódios de superlotação, falhas mecânicas, entre outros, foram registrados. O que estava ruim, deu a impressão de ficar pior. Agora, a população aguarda o desfecho dessa história.
Fonte: A Cidade On