29 de Junho de 2017
Exército cancelou quatro licitações abertas para contratar empresas para obras de drenagem, acessibilidade, infraestrutura para sinalização semafórica, pavimentação rígida e ainda para a compra de massa asfáltica. Três delas são porque todas as empresas que apresentaram propostas na tentativa de conquistar os contratos foram desclassificadas.
O “fracasso” das concorrências pública de nº 1/2017, 2/2017 e 3/2017, além da revogação da licitação 4/2017, todas abertas pelo 9º Batalhão de Engenharia de Construção – que comanda a obra na Capital – foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira.
Conforme as publicações, o Exército contrataria os serviços a serem executados nas avenidas Marechal Deodoro, Bandeirantes, e ruas Brilhante e Guia Lopes.
Por meio da assessoria de imprensa, o CMO (Comando Militar do Oeste) informou apenas que os cancelamentos não atrapalham o cronograma do recapeamento das vias e construção do corredor sudoeste, uma vez que licitações são abertas com bastante antecedência.
O CMO não informou quando novas concorrências serão lançadas e nem os motivos das desclassificações das empresas interessadas ou revogação de uma das licitações.
A obra começou no dia 13 de fevereiro deste ano e tem prazo de dois anos para ser concluída.
Surpresas – Além da interrupção nos processos licitatórios, imprevistos durante as escavações também podem prejudicar o cronograma.
De acordo com o Major Hélio Augusto Poli de Souza, comandante da 1ª Companhia de Engenharia e Construção do 9º BEC (Batalhão de Engenharia de Construção), a obra encontra-se no limite para não atrasar.
As escavações são verdadeiras “pegadinhas” para os homens em serviço. Durante o desaterro, por vezes são encontradas redes antigas que não estavam no projeto da obra, e acontece o rompimento da tubulação.
“Molha tudo, deixa a vala bastante úmida e é preciso substituir o material. Em obras urbanas, isso é esperado. Seria interessante não acontecer, mas acontece. Por enquanto, o cronograma está em dia, mas no limite”, pontua.
Nesses casos, a Águas Guariroba é chamada para fazer o reparo e processos adicionais na execução do serviço. Ele garante que, em conversa com engenheiros da concessionária, não há relatos de desabastecimento de água.
Paciência – Moradores e comerciantes da região ainda terão que ter muita paciência e jogo de cintura durante os próximos dois anos, para quando está prevista a conclusão das obras de requalificação urbana do corredor sudoeste de Campo Grande.
A obra é alvo de constantes reclamações e as principais queixas são referentes aos transtornos no trânsito e lentidão dos serviços. As diversas intervenções nos mesmos trechos geram muitas dúvidas entre a população quanto às etapas da obra, especialmente no entorno da Avenida Salgado Filho e das ruas Guia Lopes e Brilhante.
Ainda de acordo com o comandante, essa “confusão” pode estar ocorrendo porque diferentes serviços, em fases distintas, são realizados na mesma extensão da via.
“Num primeiro momento, fizemos o recapeamento de asfalto nos locais que não precisariam de interferências posteriores. Essa medida era a única que possibilitava o serviço no período chuvoso. Adiantamos a obra sem risco de ter prejuízo com a umidade do terreno”, explica.
Agora que o tempo firmou, há mais de 1 mês, os mesmos trechos que em já foi realizada pavimentação asfáltica, estão passando agora por serviços mais complexos, como escavações para drenagem e remendo profundo.
“Por isso novas interdições no trânsito estão ocorrendo”, esclarece o comandante, complementando que essas decisões levam em conta o planejamento da obra e princípios de economicidade.
Na drenagem é feito o lançamento de nova tubulação para ligar à rede existente e possibilitar o escoamento da água da chuva. Já no remendo profundo, é realizada a substituição do asfalto antigo por um mais resistente e adequado ao fluxo de veículos pesados.
“A população precisa entender que o serviço é demorado porque está sendo feito com altos níveis de qualidade”, frisa.
Ele ressalta, por exemplo, que na faixa esquerda das pistas, de uso exclusivo dos ônibus, haverá lançamento de asfalto polimerizado. O processo de licitação ainda não foi concluído, o que significa que outros bloqueios no trânsito ainda estão por vir.
“Nessa etapa, haverá menos interdições, pois nas outras 3 pistas o trânsito estará liberado para o trânsito”, adianta.
Etapas – O convênio entre prefeitura e o Exército Brasileiro para execução dos trabalhos de requalificação de quatro importantes vias da Capital foi firmado em agosto de 2016, com previsão de término em 25 meses e custo de R$ 24 milhões.
Os serviços contemplam 12 quilômetros de vias que integrarão o futuro corredor sudoeste do transporte coletivo, distribuídos entre as avenidas Marechal Deodoro (5 km) e Bandeirantes (4 km) e as ruas Guia Lopes (600 metros) e Brilhante (3 km).
A primeira etapa consiste em fresagem, demolição de canteiros e meio-fio, e escavação de vala de drenagem; na fase dois, serão realizados assentamento de tubos, dispositivo de drenagem, fechamento de valas e infraestrutura semafórica.
Ja na fase 3, acontecem recapeamento e pavimento flexível novo; na quarta etapa, serão feitos pavimento rígido e meio-fio; e, por fim, acessibilidade e proteção vegetal.
Fonte: Campo Grande News