O presidente da Agência do Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Roberto Smith, acredita que o Plano de Negócios e Gestão (PNG) da Petrobras para 2014-2018, atraia novos investimentos para o Ceará neste ano e acredita que a partir do segundo semestre ocorram novas licitações.“Esperamos uma melhora na atratividade, já que a empresa está em fase de grandes investimentos”, afirmou Smith sobre os R$ 518 bilhões – cerca de US$ 220,6 bilhões – previstos para o período.
Segundo ele, a produção de nafta – derivado do petróleo usado na indústria petroquímica – da Refinaria Premium II pode ser um dos responsáveis para alavancar o setor produtivo no Estado. “Temos interesse na sobra da nafta que virá a ser insumo para o setor petroquímico”, afirma.
Fim da importação
A presidente da Petrobras, Graça Foster, prevê o fim da importação de derivados pelo país em 2020, quando, segundo ela, será atingida a autossuficiência em refino, de 3,4 milhões de barris por dia.
No ano passado, a importação de derivados teve impacto significativo no lucro da empresa, por conta da dificuldade da estatal em repassar para os preços internos do aumento dos custos internacionais.
A dificuldade se deve a uma determinação do governo preocupado em trazer impactos para a inflação. Segundo a executiva, em 2015, já será atingida a “autossuficiência volumétrica”, ou seja, o volume de gasolina e diesel produzidos nas refinaria será igual à demanda interna -mas sem que toda a produção seja destinada ao Brasil.
Isso porque existe uma diferença de perfil entre o petróleo produzido e o tipo de petróleo que as refinarias processam. O que a executiva quis dizer, portanto, é que, até 2020, a capacidade de refino brasileira será totalmente adequada a atender a demanda interna. (com agências)
(Fonte: Jornal o Povo)