Durante o encontro, comunidade e prefeitura discutiram sobre o transporte na região, mas o tema principal foi o edital que será publicado no dia 5 de março. A Restinga é a oitava região a integrar as reuniões do Orçamento Participativo. Até a próxima semana, moradores de outras nove áreas vão poder opinar sobre o edital.
De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circucação (EPTC), todas as sugestões serão levadas para uma audiência pública, que vai acontecer no dia 27 de fevereiro na Câmara de Vereadores, e poderão ser integradas no texto da licitação.
“Tem que tentar incluir o máximo possível. Claro que temos sugestões da sociedade que às vezes se contrapõem. A equipe do Orçamento Participativo vai recolher todas as atas e dia 25 vamos ter uma reunião para avaliar todas as sugestões.”, explicou o diretor-presidente da EPTC Vanderlei Capellari.
No processo de licitação, a empresa que apresentar a menor tarifa vence. As áreas atendidas continuarão as mesmas, mas estão previstas algumas mudanças. Os ganhos do transporte coletivo passam a ser gerenciados pela prefeitura, que irá repassar o percentual para as empresas. Além disso, 2% do lucro serão investidos na qualidade do transporte, e a cada 30 dias será analisado qual a empresa que melhor atendeu aos passageiros. De acordo com a proposta, essa empresa terá uma participação maior nos lucros em relação às outras.
A ideia é que as medidas possam melhorar o transporte, que hoje é considerado insuficiente para os moradores da Restinga. Uma reivindicação antiga da população do bairro, assim como no Bélém Novo, é uma linha de lotação. O processo de licitação começou em 2011, mas uma das empresas candidatas entrou com duas liminares na justiça alegando que a concorrente apresentava irregularidades. O atraso do processo durou quase um ano e meio.
As liminares foram derrubadas, mas as empresas continuaram trocando acusações. Todas as denúncias estão sendo analisadas na Corregedoria-Geral do município. Segundo a EPTC, só nas próximas semanas é que os moradores da região vão saber o futuro das lotações nos bairros.
(Fonte: Estadão)