Parque Tecnológico de Fortaleza poderá ficar na Praia do Futuro, no Centro ou no bairro Edson Queiroz. Prefeitura agendou reuniões em fevereiro com grupos de interesse
A licitação para formar a Parceria Público Privada (PPP) que será responsável pelo Parque Tecnológico de Fortaleza terá início em março segundo o secretário do Desenvolvimento Econômico do Município, Robinson de Castro. Em fevereiro, serão ouvidos os grupos interessados no projeto e definidas as diretrizes do projeto. O local segue indefinido, mas são cotados os bairros Centro, Edson Queiroz e Praia do Futuro.
A primeira etapa do processo está sendo desenvolvida pela Oficina Brasileira de Projetos de Infraestrutura Social e Econômica Ltda (OBPI), com sede em São Paulo, que foi contratada pela Prefeitura oficialmente em agosto de 2013 para realizar os estudos de viabilidade de construção, operação de manutenção do parque. A empresa recebeu R$ 4 milhões para o trabalho, no prazo de seis meses, ou seja, terá fim em fevereiro.
Em janeiro, a teve início o road show, uma série de eventos itinerantes, para envolver cinco grupos. Nos dias 22 e 23, houve reunião, com, respectivamente, o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) local e com instituições de articulação do desenvolvimento.
O coordenador de Projetos e Desenvolvimento Econômico de Fortaleza, Paulo Barbosa, detalhou os encontros seguintes: as universidades serão as próximas a conhecer o projeto, em 4 de fevereiro. Serão a Faculdade Farias Brito, Faculdade 7 de Setembro, Unichristus, UFC, UECE e IFCE. “Estamos convidando a Unifor e outras faculdades que apresentaram interesse no parque, como Estácio FIC, Fametro e Faculdade Lourenço Filho.”
Dia 5 de fevereiro, indústria, comércio e serviço serão ouvidos. Agentes públicos irão ser apresentados ao parque tecnológico no dia 17 de fevereiro. “Está sendo feito o estudo de demanda e oferta. O que precisa ter para se tornar um projeto rentável? Quais são os serviços que precisa ter para que as empresas, instituições de ensino tecnológico tenha aderência ao projeto? Tudo isso será respondido”.
Cabo Brics
Também faz parte da agenda da SDE uma apresentação na reunião dos Brics em Fortaleza – prevista para julho-, sobre a viabilidade do Cabo Brics ter Fortaleza como ponto de aterragem no Brasil.
O Cabo Brics é uma estrutura de dois pares de fibras subterrâneos de 34 mil quilômetros de extensão que vai gerar uma velocidade de 12,8Tbit/s aos países membros do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, além dos Estados Unidos e outros países africanos. A proposta tem custo estimado entre US$ 800 milhões e US$ 1,5 bilhão. O POVO antecipou a informação em julho de 2013.
“É a cidade com melhor localização para receber o cabo. Já se concentram em Fortaleza 13 cabos de fibra ótica que faz a comunicação de alta velocidade entre os continentes. Serve para o Brasil todo”, diz Paulo.
A importância dos cabos é, por exemplo, a instalação de data centers (centros de dados) na Capital, o que iria atrair empresas de tecnologia da informação e comunicação. Ele ressalta que outros dois cabos da Telebras estão sendo instalados por Fortaleza. (Colaborou Janaína Marques)
(Fonte: O Povo)