Parcerias com outras empresas são uma forma de as pequenas companhias se fortalecerem na competição para se tornar fornecedor de governos.
Elas podem ser feitas entre empresas menores, que formam um consórcio para participar de determinada licitação, ou também com grandes corporações, participando de sua cadeia de fornecedores. O mais comum é que as empresas menores se encaixem no segundo grupo.
“As pequenas não ganham a licitação para explorar o pré-sal ou a obra do metrô. Em tese poderiam participar de um consórcio, mas acho muito difícil”, afirma Luiz Barretto, presidente do Sebrae Nacional.
“Mas nessas grandes obras você tem um conjunto enorme de itens nos quais a pequena empresa pode entrar e onde vemos exemplos de muito sucesso.”
Mesmo assim, o consórcio Planalto, formado por uma associação entre nove empresas, médias e outras de grande porte, mas menos conhecidas que suas concorrentes, surpreendeu ao vencer uma disputa para administrar a BR-050, rodovia que corta os Estados de Goiás e Minas Gerais.
Segundo Letícia Queiroz Andrade, sócia de infraestrutura do escritório de advocacia Siqueira Castro, que assessorou o grupo, apesar de as empresas serem menores do que suas concorrentes, o fato de o grupo estar focado nesta concorrência, por considerar a rodovia adequada a seu porte, facilitou a vitória.
Entre as vantagens de atuar como consórcio, destaca Andrade, está o fato de as diferentes empresas se completarem de acordo com suas especializações.
“O consórcio permite a soma das experiências técnicas. Uma empresa cuida de pontes, outra de duplicações, outra de terraplanagem, para se completar.”
Porém ela destaca que participar desse tipo de concorrência implica gastos elevados, com estudos de campo e contratação de profissionais especializados.
(Fonte: Folha SP)