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APM pede rapidez em licitações de Manaus e Suape para investir

Interessada nas licitações dos terminais de contêineres nos portos de Suape (PE) e Manaus (AM), a APM Terminals, operadora mundial, defende mais rapidez no lançamento dos editais, cujo cronograma está atrasado. Ambos estão, respectivamente, no terceiro e quarto blocos do programa federal de arrendamentos. Mas o governo ainda tenta destravar no Tribunal de Contas da União (TCU) o lançamento dos editais do primeiro bloco, que inclui áreas nos portos de Santos (SP) e nos do Pará.

 

Uma das possibilidades seria antecipar o lançamento dos editais no segundo bloco ou lançá-los isoladamente. Mantido o ritmo atual, empresários temem que os arrendamentos de Manaus e Suape levem até três anos para serem feitos, acentuando a falta de capacidade em relação ao volume a ser escoado.

 

Como prestadora de serviço, a APM Terminals diz que seu interesse em investir em nova infraestrutura portuária é determinado pela demanda de seus clientes – os armadores e os donos de cargas. E que pelo menos desde 2007, afirma Bart Wiersum, diretor de desenvolvimento de novos negócios da empresa no Brasil, a indústria de Manaus reivindica um novo terminal de contêineres. Necessidade que deverá ser ampliada agora, com a recente renovação da Zona Franca por mais 50 anos.

 

“Para destravar esses gargalos é necessário que os editais sejam lançados com certa rapidez, obviamente com toda segurança e clareza jurídica”, diz o executivo.

 

A APM atua no Brasil em três terminais. Tem 50% das ações da Brasil Terminal Portuário (BTP), em Santos (SP), 75% de um terminal no porto de Pecém (CE), e 100% de outro em Itajaí (SC). Todos são arrendamentos públicos.

 

“Dependendo do negócio, podemos entrar sozinhos ou com parceiros”, diz Wiersum, sobre a estratégia para disputar a operação dos futuros terminais de Suape e Manaus. Cada um deverá ter capacidade anual de movimentação entre 600 mil e 700 mil Teus (contêineres de 20 pés).

 

Em 2010, antes de aprovado o novo marco regulatório do setor, a APM Terminals realizou os estudos que embasariam a elaboração do edital de Manaus. “A APM Terminals já investiu no passado e continuará investindo aqui no Brasil”, afirma Wiersum.

 

No mundo, a companhia, pertencente ao grupo dinamarquês Maersk, está presente em 67 países com operações sozinha ou em parceria. São 64 terminais portuários e 150 retroportuários. Movimentou 36,3 milhões de Teus em 2013.

 

Na América Latina, atualmente a empresa constrói um terminal no México, que terá oferta para escoar 4,1 milhões de Teus, e outro na Costa Rica, para 1,3 milhão de Teus. E expande sua instalação no Peru, cuja capacidade será para 2,9 milhões de Teus.

 

(Fonte: Valor Econômico)

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