O projeto de São Paulo para sediar a edição de 2020 da Exposição Mundial prevê investimento de US$ 12 bilhões (R$ 24 bilhões) em Pirituba, região noroeste da cidade.
O valor é similar ao que Brasil estima gastar para sediar a Copa de 2014 em 12 cidades (US$ 13,5 bilhões) e ao orçamento do Rio para a Olimpíada de 2016 (US$ 14,3 bilhões).
A Exposição Mundial é o terceiro maior evento do mundo, atrás da Copa e da Olimpíada. Realizada normalmente a cada cinco anos, embora não tenha periodicidade rígida, o evento dura seis meses.
Em 2010, em Shangai (China), foram 73 milhões de visitantes. A próxima edição será em Milão (Itália), em 2015.
São Paulo disputa com Ekaterinburgo (Rússia), Ayutthaya (Tailândia), Ismir (Turquia) e Dubai (Emirados Árabes). A decisão sobre a sede de 2020 sai em novembro.
Do orçamento, US$ 3 bilhões serão investidos na realização do evento em si, como contratação de funcionários e alugueis. Mas a previsão é que o dinheiro retorne com a receita de ingressos, estacionamento, locação das áreas comerciais e patrocínios.
Os US$ 9 bilhões restantes serão investidos na melhoria da infraestrutura da região e independem do evento. Estão incluídas a construção do centro de eventos, a linha 6-laranja do metrô, modernização de duas linhas da CPTM e obras viárias do entorno.
Uma torre para captar energia solar instalada em um mirante acessível por um teleférico será o ícone de São Paulo. É tradição da Expo deixar marcos. A torre Eiffel, em Paris, por exemplo, foi erguida para a Expo de 1889.
A Expo é um evento em que os países apresentam o que têm de melhor. Aí vale cultura, folclore, tecnologia. Grandes invenções foram expostas pela primeira vez justamente em exposições mundiais, como o telefone (1876, Filadélfia) e a televisão (1939, Nova York).
Por: EVANDRO SPINELLI
(Fonte: Folha de SP)