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Governo vai atualizar Atlas Eólico por cerca de R$ 600 mil

Roberto Smith, presidente da Adece, afirma que pretende deixar tudo, ao menos, preparado para que o próximo governo execute. Adão Linhares, presidente da Câmara Setorial, diz que investimento pode ser de R$ 1,2 mi

 

Depois de 14 anos, o Governo do Estado diz que pretende deixar encaminhada a atualização do Atlas Eólico do Ceará ainda neste ano. Segundo Roberto Smith, presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), o estudo custará em torno de R$ 600 mil.

Smith viajou ontem para Brasília, onde pleiteará recursos para o projeto. “Estou tentando captar em recursos em Brasília, mas o Governo do Estado vai entrar com uma parte desta verba. Mesmo que essa atualização não seja feita neste ano, pretendo deixar tudo preparado para que o próximo governo execute”, afirmou ao O POVO, momentos antes de embarcar a Brasília.

Criado para fornecer informações mais detalhadas e reais, permitindo que investidores identifiquem áreas adequadas para aproveitamento eólio-elétrico, o atlas eólico funciona como um incentivo na atração de investimentos. “O projeto precisa ser executado devido a uma defasagem”. A última atualização foi realizada em 2000, com publicação em 2001.

O presidente da Adece lembrou ainda que o atlas eólico atual, produzido em 2000, mediu os ventos aos 50 metros de altura. Hoje as torres eólicas ultrapassam os 100 metros. “Daí a necessidade de sabermos as nossas reais potencialidades nessa altura”.

Ele também lembra que o último Atlas teve acesso apenas ao litoral do Estado. “Hoje sabemos que o interior possui locais privilegiados com potencial de geração eólica”.

O Atlas Eólico estabeleceu, em 2000, que o potencial do Ceará é de mais de 25 mil megawatts (MW) on-shore (em terra). Segundo o presidente o presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica do Ceará, Adão Linhares, com as torres mais altas, a geração de energia pode chegar a 50 mil MW.

R$ 1,2 mi em investimento

Adão afirma que ainda não há uma data de licitação marcada. Nas palavras dele, os investimentos podem chegar a R$ 1,2 milhão, “se consideramos que haveria que fazer levantamento de medições, inovando com sistema que mostrará em tempo real um atlas local dinâmico”.

 

“Para um investidor apostar em um negócio, ele precisa de informações. Isso ganha valor quando esses dados são fornecidos por um fácil acesso tecnológico, capaz de gerar índices por minuto, hora, dia, mês, anos, sobre a produção de energia eólica local”, diz.

Em julho deste, o Governo Federal anunciou que, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), será financiada a construção de sete parques eólicos no Ceará e no Rio Grande do Sul, totalizando capacidade instalada de 195,6 MW. Os recursos são de R$ 557 milhões.

Três parques serão instalados no Complexo Amontada, situado a 168 km de Fortaleza e com capacidade de 76 MW. Os parques serão controlados pela empresa Brise Energias Renováveis, do grupo Queiroz Galvão. A previsão é que os sete parques comecem a operar ainda este ano. (colaborou Átila Varela)

 

(Fonte: O Povo)

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