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Docas fará nova licitação para contratar dragagem de berços

A nova licitação para a contratação da dragagem de berços do Porto de Santos será realizada em cerca de duas semanas. No próximo dia 21, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o cais santista, vai abrir as propostas das firmas que pretendem realizar o serviço. Enquanto isso, os pontos de atracação continuam sem a manutenção de suas profundidades.

 

A dragagem de berços tem como objetivo garantir o calado operacional dos cargueiros nesses pontos de atracação, o que é estratégico para a competitividade do complexo santista. O calado é a altura da parte do casco do navio que permanece submersa – quanto maior essa altura, maior o peso (mais cargas) a ser transportado.

 

Esta será a segunda tentativa de contratar o serviço em menos de três meses. A primeira foi em outubro passado, após a Dratec Engenharia anunciar que não continuaria as obras de dragagem (serviço que acabou deixando em 10 de dezembro).

 

Três empresas se candidataram à operação e enviaram propostas, mas todas foram consideradas muito altas. A Autoridade Portuária estimou o custo da obra em R$ 17 milhões, valor extrapolado pelas firmas.

 

A Dratec se juntou à EEL Engenharia Ltda. e formou um consórcio para concorrer no certame. As firmas apresentaram a menor proposta para a obra, de R$ 21,6 milhões. Já o segundo menor preço foi o do consórcio formado pelas empresas Great Lakes Dredge e Dock do Brasil Ltda., de R$ 30 milhões.

 

A terceira proposta foi encaminhada pela Van Oord Operações Marítimas, a atual responsável pela dragagem do canal de navegação do Porto. A firma, que mantém dois contratos com a Codesp, pediu R$ 70,8 milhões pela manutenção das profundidades dos berços.

 

Nenhuma das concorrentes aceitou diminuir os preços para chegar ao valor considerado pela Docas. A saída encontrada foi revogar o pregão eletrônico e publicar um novo edital.

 

Mas a Autoridade Portuária não alterou as condições da licitação. O prazo para a execução dos trabalhos continua sendo de seis meses e o valor destinado para o pagamento da obra, R$ 17 milhões.

 

Sem Dragagem

 

Os berços do Porto de Santos não são dragados há quase um mês. E devem permanecer assim por um tempo, já que a retomada das obras depende da contratação do serviço.

 

O pregão eletrônico é considerado a modalidade mais ágil de contratações públicas.

 

Depois, todos os esforços deverão ser concentrados para evitar a redução do calado nos pontos de atracação. E ainda há o agravante de que, nesta época do ano, a incidência de chuvas contribui para o assoreamento (deposição de sedimentos, reduzindo a profundidade).

 

O problema pode ser mais intenso em terminais mais ao fundo do estuário, como no trecho do Paquetá até a Alemoa. O motivo é a deposição de resíduos vindos do Canal de Piaçaguera e do Rio Casqueiro, em Cubatão.

 

A cada centímetro de redução de calado de um navio conteineiro, deixa-se de carregar de sete a oito contêineres. Em embarcações graneleiras, a cada centímetro perdido, não são embarcadas 100 toneladas. A estimativa leva em conta navios dos tipos Cape Size ou Panamax.

 

Fonte: A Tribuna

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