Tecnologia a favor da polícia
A Secretaria de Segurança enfrenta o desafio de reduzir índices de criminalidade que apresentaram alta recentemente. Em janeiro, os três indicadores estratégicos tiveram resultados negativos. De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), a letalidade violenta cresceu 14,7% no estado em relação ao mesmo período do ano passado. O roubo de rua teve alta de 4,8% e o roubo de veículo aumentou 19,3%. Para o subsecretário de Tecnologia, Edval Novaes, a ampliação no sistema de câmeras nas ruas deve ajudar a polícia no combate ao crime.
“A tecnologia ajuda porque onde tem a câmera, em tese, não precisa ter um homem [policial]. O equipamento amplia o raio de visão e as câmeras ficam expostas. Pelo simples fato de estar ali, já inibe o ato criminoso. Quando ocorre um crime, a autoridade pode pegar a cena e usar nas investigações da polícia judiciária”, disse Novaes, admitindo, no entanto, que o número de câmeras é insuficiente: “A quantidade ainda é pequena para a extensão da área. A previsão inicial é de chegar a 450, mas podemos aumentar de acordo com a necessidade”.
Filmagem até no escuro
Os equipamentos podem ser instalados em postes e topos de prédios públicos. De acordo com o subsecretário de Tecnologia, alguns têm infravermelho e conseguem gravar até mesmo no escuro. É o caso das câmeras instaladas no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte, uma das comunidades pacificadas que são monitoradas através desse tipo de tecnologia.
De acordo com o edital, entre as características exigidas, as câmeras devem ter zoom para ampliar a imagem em até 36 vezes e permitir movimento horizontal de 360 graus e vertical de 185 graus, para garantir bom ângulo de visão.
De acordo com a Secretaria de Segurança, o “percurso” das imagens deve mudar. Atualmente, os dados captados pelas câmeras são transmitidos aos batalhões da PM, e repassados à central de monitoramento que funciona no prédio da secretaria, no Centro.
No entanto, ainda este ano, quando o Centro de Comando e Controle for inaugurado na Praça Onze, as imagens deverão ser enviadas diretamente para a central, onde serão analisadas por profissionais especializados e os batalhões poderão solicitar imagens, se necessário.
Por: Priscila Souza
(Fonte: G1)