RHS Licitações

Promessas da gestão Haddad já somam R$ 13,9 bi em 77 dias

 

Os anúncios se dão num momento em que não há folga nas finanças paulistanas.

 

Em janeiro, para tentar equilibrar as contas, Haddad determinou o congelamento de R$ 5,2 bilhões do orçamento deste ano, ou 12% da receita prevista.

 

Não foi suficiente: há três semanas, o prefeito determinou que seus secretários cortassem 20% de todas as despesas, revendo contratos.

 

Boa parte das metas é difícil de ser cumprida num único mandato, dizem especialistas ouvidos pela Folha. O quadro ao lado mostra o promessômetro, que aponta a viabilidade dos projetos.

 

CAMPANHA

 

Nessa conta, devem-se incluir investimentos para a construção do espaço que pode abrigar a Expo 2020, em Pirituba. São cerca de R$ 4,5 bilhões para desapropriação do terreno e construção do centro de convenções.

 

O governo federal já anunciou que dará R$ 680 milhões, e a construção também terá parceria com empresas.

 

Logo no início do mandato, Haddad optou por implementar iniciativas que foram a base de sua campanha: além de criar o Bilhete Único Mensal, acabar com a taxa da inspeção veicular e construir corredores de ônibus, cuja licitação foi feita no mandato anterior.

 

Com as chuvas de janeiro, Haddad deu fim à lua de mel com Gilberto Kassab (PSD) e criticou a gestão do ex-prefeito, dizendo que os semáforos estavam sucateados. Após a crítica, anunciou R$ 100 milhões para renovar o sistema nos 6.156 cruzamentos semaforizados da cidade.

 

NADA FÁCIL

 

Para tentar dar fim à fila de 94 mil crianças à espera de creche, Haddad prevê buscar ajuda de empresários para que eles construam unidades para filhos de funcionários.

 

Por meio do Fundeb (Fundo Nacional de Educação Básica), seriam oferecidos R$ 5.500 por aluno ao ano como incentivo para a construção.

 

Sem valores previstos para investimentos, essa deve ser uma das promessas mais difíceis de cumprir.

 

“É uma responsabilidade enorme para as empresas assumir a gestão de uma instituição de educação. As empresas podem não aceitar esse tipo de iniciativa”, diz Ilona Becskeházy, consultora na área de gestão educacional.

 

Colaboraram ANDRÉ MONTEIRO, EVANDRO SPINELLI, FÁBIO TAKAHASHI e TALITA BEDINELLI
(Fonte: Folha SP)

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