O governo do estado de São paulo vai anunciar a construção de mais de 20 mil moradias no Centro expandido da capital, nesta sexta-feira (8). O lançamento do projeto Casa Paulista será feito em um fórum sobre arquitetura e urbanismo e é estimado em R$ 4,6 bilhões.
Os beneficiários deverão trabalhar no Centro de São Paulo e não podem ter casa própria. A maioria dos imóveis vai para famílias com renda de até R$ 4.068. Outra parte, para as que ganham até R$ 10.848. As parcelas vão variar de R$ 151 a R$ 1.019.
As construções serão feita em parceria com a Prefeitura e com empresas privadas, que poderão explorar comercialmente a área e ganhar com financiamentos.
A maioria dos novos empreendimentos vai ocupar áreas onde atualmente ficam imóveis velhos ou abandonados. Os prédios ficarão perto de estações de Metrô, trem e de grandes avenidas. Para evitar a especulação imobiliária, o governo deve divulgar os endereços dos terrenos escolhidos só em maio quando for publicado o edital de licitação.
O secretário estadual de Habitação, Sílvio Torres, afirmou que os imóveis serão construídos nos bairros da Sé, República, Bela Vista, Belém, Bom Retiro, Cambuci, Liberdade, Mooca, Pari, Santa Cecília e o entorno do Brás. Segundo ele, o Centro vai ser transformado em até seis anos. “O empreendimento não são só os predinhos. O empreendimento prevê equipamentos públicos, prevê transformações em vias públicas, em calçadas”, afirmou o secretário.
Marco Antonio Ramos de Almeida, superintendente da associação Viva o Centro, que há 22 anos luta para trazer mais moradores para a região, aprova a iniciativa. “É importante que também o governo facilite que a iniciativa privada invista no Centro produzindo moradias também para a média e alta renda. É muito importante esta multifuncionalidade e esta diversidade do Centro”, afirma Almeida.
O edital de licitação será divulgado em maio. Dois mil imóveis devem ser destinados a associações ligadas à luta por moradia.
(FOnte: G1)